domingo, 21 de setembro de 2008

Tribuna de Minas

O caminho mais rápido e emocionante entre dois pontos (Repórter: Wallace Mattos)

Quando você vir alguém nas ruas e praças da cidade pulando de um ponto a outro, se equilibrando em meios-fios e corrimão ou transpondo muros e muretas como um gato, não se assuste: você está diante de um praticante de parkour. O "traceur", como é conhecido quem se dedica ao esporte, faz dos obstáculo das cidades seu habitat, buscando a maneira mais direta de ir, com segurança, agilidade, rapidez e eficiência, do ponto A para o ponto B.

Em Juiz de Fora, o esporte chegou como em muitos lugares do mundo, através dos filmes e da internet. "Me interessei pela prática do parkour há cerca de dois anos. Via vídeos na internet e, então, resolvi formar uma comunidade no Orkut. Muitos se interessaram, e decidimos nos reunir para treinar. Assim nasceu a Parkour Juiz de Fora (PKJF)", conta Ícaro Iasbeck, de 16 anos, um dos pioneiros do esporte em Juiz de Fora, apesar da juventude.

Companheiro de Ícaro na PKJF, Edie Duarte, de 23 anos, pratica a modalidade há um ano e meio e se inspirou no cinema para iniciar os treinos. "Já sabia do esporte e me interessava. Mas, foi depois de ver o filme 'O 13º Distrito', com o David Belle, criador do esporte, que empolguei e procurei quem praticava em Juiz de Fora", diz o traceur. A técnica ganhou em popularidade também após a cena de perseguição inicial no filme "007 - Cassino Royale".

O número de praticantes na PKJF já foi maior, e as distâncias física isolam os grupos, que geralmente treinam em seus bairros. "Nós nos reunimos sempre na UFJF. Há outras pessoas que praticam em locais diferentes, próximos às suas residências. No início, éramos cerca de 20 praticantes. Mas, o pessoal foi deixando e, hoje, dez continuam no grupo", conta Ícaro.

Vantagens e riscos
Quem pratica o esporte garante que qualquer um pode se iniciar na modalidade. "Não tem mistério, só depende da força de vontade da pessoa. É claro que ninguém pode começar tentando fazer o que quem já pratica há algum tempo faz. Quando conheci o esporte, nunca pensei que praticaria. Hoje, não consigo ficar sem", conta Christian Bedran, de 18 anos, praticante do parkour há um ano e meio.

No início, a empolgação pode ser uma inimiga. "Torci meu tornozelo logo quando comecei a fazer parkour. Mas isso foi porque ainda não tinha a técnica adequada, não sabia o que estava fazendo direito. Arranhões, calos e algumas dores são comuns, nada demais. Com a experiência, você praticamente não se machuca", garante Ícaro.

Entre as principais vantagens da prática do parkour está a melhora do preparo físico. "Para fazer o que fazemos, treinamos não só os movimentos, mas trabalhamos durante a semana. Nos exercitamos pelo menos uma hora e meia na barra e treinamos abdominais. O condicionamento melhora e, além disso, quem leva o esporte a sério fica longe de drogas e álcool, pois eles alteram a percepção de espaço e prejudicam o desempenho", lembra Edie.

Na coleção de peculiaridades do parkour está a forma de praticá-lo. "Diria que é um esporte individual que não tem graça se praticado sozinho. Por isso, aconselho a quem quiser se iniciar na modalidade a procurar uma turma legal e não ter pressa. O bom é ir observando os outros e evoluir no seu ritmo", diz Bruno Miranda, também de 16 anos, que, além de fazer o parkour tradicional, treina uma variação chamada freerunning, na qual há a presença de saltos mortais e outras acrobacias. "Treinando bem orientado, você não trabalha para não errar, mas para tornar impossível o erro da técnica", completa Ícaro.Lema dos traceurs é 'ser forte para ser útil'
O praticante de parkour não faz o esporte somente pelo prazer. Há toda uma filosofia por trás da modalidade. "Os principais lemas do parkour são 'ser forte para ser útil', pois David Belle baseou o esporte na utilidade para a sociedade, na hora de prestar socorro a alguém, por exemplo; e também 'ser para durar', que incentiva a pessoa a se mexer na juventude para ter qualidade de vida melhor em idades mais avançadas", explica Ícaro.

A filosofia e a atividade do esporte ajudam os praticantes na vida cotidiana, segundo os próprios. "Agora penso mais antes de fazer certas coisas, e alguns objetivos, que pareciam impossíveis, não são mais", conta Ícaro. "Escapo da rotina e alivio a cabeça com a prática do parkour", diz Christiano. "Para mim, o parkour é superar limites e ajudar ao próximo", completa Edie.

O nascimento
A inspiração para a criação do parkour surgiu primeiramente pelo método natural de educação física, desenvolvido pelo francês Georges H

ébert. Este inspirou o treinamento de soldados franceses que serviram no Vietnã, denominado "parcours du combattant" - o percurso de obstáculos percorrido pelo combatente.

Raymond Belle - soldado e bombeiro francês que praticava as disciplina de Hébert David - era pai do criador do parkour e iniciou seu filho, David Belle, no treinamento militar e no método natural. David continuou a praticar outras atividades, como artes marciais e ginástica, buscando aplicar suas habilidades adquiridas de forma prática na vida. Assim nasceu o esporte, criado na década de 1980 em parceria com o amigo Sébastien Foucan.

No final da década de 1990, David e Sébastien, divergin

do por seus ideais, se separaram. Foucan queria incorporar ao esporte às filosofias orientais e movimentos abertos a outras influências, como break dance. Com o documentário "Jump London", ele criou e popularizou o freerunning. Desde então, o termo vem sendo usado para denominar a prática conforme divulgada por Foucan - que atuou em "007 - Casino Royale" -, com inclusão de movimentos acrobáticos e ineficientes do ponto de vista do conceito de utilidade, característico do parkour.

• Contatos com o PKJF: Comunida no Orkut: Parkour - Juiz de Fora www.pkjf.blogspot.com Treinos abertos: aos domingos, às 14h30, na Praça Cívica da UFJF

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Juiz de Fora Online

http://www.juizdeforaonline.com/news/maio_08/2205081.htm

Em 22 de Maio de 2008 fizemos essa matéria para o site www.juizdeforaonline.com, nesse tempo ainda nem pensavamos no grupo "PKJF", mais foi bastante interessante. Infelizmente o tempo foi curto não deu para todo mundo falar, Ela apareceu em um treino onde Christian e Luciano falaram (por sinal falaram muito bem , parabéns!) e marcou pra um outro dia tirar fotos, infelizmente só pude comparecer no dia das fotos.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

O Início

No começo nós achavamos que pular mesas era tudo que deveríamos fazer para no futuro estar pulando de lugares altos , vídeos eram feitos todo final de semana e os treinos se resumiam na praça de um bairro. A quantidade de pessoas que treinavam no começo e era imensa , mais com o tempo as pessoas foram entrando e outras saindo, renovando. Mais sempre nós (PKJF atual) continuamos independente de qualquer um de fora , esse foi o diferencial! Em dezembro de 2007 , eu e o Christian fomos para o Rio de Janeiro pra um encontro , onde conhecemos vários praticantes mais experientes que nós , que nos mostrou o "caminho" certo do Parkour , que vai muito além de saltar mesas e pular de lugares altos. Voltamos com o pique total e passamos o conhecimentos que aprendemos para as pessoas que treinavam com agente, a partir dessa data começamos a treinar a sério, treinamos treinamos e treinamos... começamos a ler vários artigos sobre Parkour, alimentação, exercícios, saúde e pegamos um conhecimento bem legal nós percebemos que não basta só "pular", uma coisa que faz toda a diferença é o condicionamento físico (força, ect) que treinamos pesado até hoje. A partir dae fomos treinando e treinando. Depois disso viajamos mais e conhecemos novas pessoas , fizemos vários amigos mais experientes e chegamos até onde estamos hoje. Com o passar do tempo várias pessoas que treinavam com agente desistiaram, pararam por vários motivos. Resultado disso que acabou ficando só o atual grupo "Parkour Juiz de Fora" que tem como finalidade organizar e divulgar de forma certa a pratica na cidade. O grupo é formado por: Ícaro , Christian , Luciano , Bola , Edie , Bruno. Não levamos o grupo só como um grupo em si , mais sim como uma família onde só temos irmãos , podemos contar pra qualquer coisa. E assim vamos levando os treinos, o grupo, a vida, sempre evoluindo!


Ícaro , Luciano , Bola , Bruno e Christian (faltando Edie)


Edie , Christian , Bruno e Ícaro (faltando Bola e Luciano)